Pesquisadores da Unesp e de instituições internacionais reuniram-se na última segunda-feira (12/11), em São Paulo, para discutir a atual relevância da Organização dos Estados Americanos (OEA) frente ao papel desempenhado por outras organizações intergovernamentais no continente, como Mercosul e Unasur.

A mesa-redonda «Relações hemisféricas: OEA e as novas organizações latino e sul-americanas» foi aberta pelo professor Marco Aurélio Nogueira, diretor do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Unesp (IPPRI), que ressaltou a crescente importância dessas organizações, seguido por Eric Hershberg, representante do Centro de Estudos Latino-Americanos da American University (CLALS-AU), Estados Unidos. Hershberg vê a necessidade de os acadêmicos pensarem sistematicamente tendências e movimentos políticos que vêm se processando em países diversos nas três Américas, como Estados Unidos, Brasil e Venezuela, entre outros.

A integração econômica da América Latina foi tratada por Carlos Portales, diretor do Programa sobre Organizações Internacionais, Direito e Diplomacia no Washington College of Law da American University, enquanto Andrés Serbin, da CRIES (Coordinadora Regional de Investigaciones Económicas y Sociales), sediada em Buenos Aires, tratou do multilateralismo na região.

«O que estimulou as instituições presentes a participarem deste evento, em uma reflexão conjunta, são as dúvidas sobre o funcionamento do sistema interamericano», disse o cientista político Tullo Vigevani, professor da Unesp e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu). «Os sinais de crise do sistema são evidentes, em todos os níveis».

A mesa-redonda «Relações hemisféricas» foi realizada no Memorial da América Latina, com apoio do IPPRI-Unesp e integrou o workshop «Hemisfério em transformação: Relações internacionais, multilateralismo e perspectivas para o aprofundamento democrático nas relações interamericanas».