A nova edição do Sem Diplomacia enfrenta um tema controverso. Seus integrantes entram no debate político e intelecutal sobre se os Estados Unidos estariam enfrentando uma perda de relevância e isolamento na América Latina. Dois fatos poderiam reforçar a opinião daqueles que acreditam na perda da «hegemonia» estadunidense sobre a região. O primeiro seria o fracasso da Área de Livre-comércio das Américas (ALCA) proposta inicialmente pela administração de Bill Clinton na Cúpula de Miami de 1994, enterrada na Cúpula das Américas de Mar del Plata de 2005, já na administração de George W. Bush.

E o outro diz respeito as pressões por parte dos governos latino-americanos à administração de Barack Obama para a inclusão de Cuba na próxima Cúpula a ser realizada em 2015 no Panamá. Único país excluído desse o início por decisão dos EUA, a ameaça de não participação de vários governos em Panamá é vista como um ingrediente a mais na tendência à irrelevância desse mecanismo de interlocução hemisférico.

Para aprofundar esse debate, Luis Fernando Ayerbe, Andrés Serbin e Tullo Vigevani apresentam os argumentos dos diferentes expectros políticos e analisam o tema sob a perspectiva do imperialismo e hegemonia.

Os debatedores
Andrés Serbin é presidente da Coordinadora Regional de Investigaciones Económicas y Sociales (CRIES), organização não-governamental latino-americana e caribenha que atua em temas de prevenção de conflitos, integração regional e relações hemisféricas desde a perspectiva da sociedade civil.

Tullo Vigevani é coordenador do Instituto de Ciência e Tecnologia de Estudos sobre os Estados Unidos (INEU), membro do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais, professor do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (UNESP-UNICAMP-PUC-SP) e da Faculdade Filosofia e Ciências, Câmpus de Marília.

O debate é orientado por Luis Fernando Ayerbe, coordenador do IEEI, professor do San Tiago Dantas e da Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Araraquara.